segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Heróis - El Cid, Campeador

   Ao longo dos milhares de anos de evolução da civilização humana, muitos heróis se consagraram por seus feitos, sua índole, suas conquistas e etc. Homens e mulheres que se destacaram entre seus povos e foram pilar de apoio para a sobrevivência e desenvolvimento de seus conterrâneos.
   Nesta série de postagens falaremos sobre grandes heróis, grandes guerreiros, conquistadores e reis. Por mais que muitos destes personagens históricos tenham sido vilões para alguns, não deixaram de ser grandes heróis para outros, assim como para a história e para a evolução de seu povo.

El Cid, Campeador

Estátua de El Cid, em Burgos, Espanha

   Nascido numa pequena aldeia chamada Vivar (que mais tarde ficou conhecida como "Vivar del Cid"), a 7 quilômetros de Burgos, capital do Reino de Castela (atualmente território espanhol), Rodrigo Díaz de Vivar (1043 - 10 de julho de 1099) foi um nobre guerreiro que fez história por seus feitos memoráveis, sua nobreza e bravura. Durante o século XI, período em que viveu, a Hispânia (Península Ibérica, território atual dos países: Espanha, Portugal, Andorra, Gibraltar e uma porção do sul da França) vivia um conflito interno constante entre os cristãos e os mouros (muçulmanos). Rodrigo foi peça chave na resolução desse conflito, tendo servido sua espada a ambos. Esse nobre guerreiro enfrentou um caminho de muitas batalhas e glórias ao longo de sua vida, experimentando derrotas e triunfos que estenderam seu legado para sempre.

O Surgimento do Campeador

   Rodrigo Díaz viveu na Aldeia de Vivar por toda sua infância, junto a seu pais: Diego Laínes de Vivar, e sua mãe, a qual se conhece apenas o sobrenome Rodrigues. A pesar das poucas informações sobre sua mãe, sabe-se que ela era filha do Conde de Oviedo, Rodrigo Alvarez e de uma filha legítima de um rei da Casa de Leão (dinastia que nesse período reinava na Hispânia), e portanto possuía sangue nobre.
   Aos 15 anos de idade, Rodrigo ficou órfão de pai, e para garantir o futuro do filho, sua mãe recorreu a realeza; por carregar sangue nobre, foi dado morada e estudo a Rodrigo, na corte do rei Fernando I de Leão (nesse período, Fernando I reinava em Leão, Castela e Galícia). Rodrigo estudou no monastério de San Pedro de Cardeña, onde conheceu e se tornou amigo fiel de Sancho, filho do rei Fernando I. É provável que Rodrigo também tenha estudado em uma escola próxima a Burgos, onde teria aprendido direito e latim. O jovem também passou por treinamentos militares, pois isso era fundamental nas classes nobres (de onde vinham os cavaleiros medievais). Ainda cedo em seu treinamento, o jovem aprendeu a cavalgar e manejar com maestria a espada, o escudo, a lança e o arco-e-flecha; suas habilidades em manusear as armas sem perder o equilíbrio enquanto cavalgava eram impressionantes, pois naquele período, manter-se montado durante os combates corpo-a-corpo poderia ser a diferença entre vida e morte.
Ilustração de El Cid, quando ele ainda era um Alferes (espécie de oficial Subalterno)

   Na Europa do século XI, todo o território do continente era dividido em reinos, e estes constantemente entravam em conflitos entre si, por quaisquer razão que encobrisse a ganância ou a vingança, e portanto, guerras não eram incomuns naquele período. Além dos conflitos entre os reinos cristãos, a Hispânia enfrentava um outro problema: Os mouros. Ainda no Século VIII a região sofreu uma maciça invasão árabe que deu origem a vários reinos mouros, que se destacavam na parte sul, numa região chamada Andaluzia.
   Com o tempo foram surgindo acordos entre as partes, e no século XI, os chamados Taifas (principados muçulmanos na Andaluzia), pagavam impostos para alguns reinos cristãos, para que os mesmos enviassem tropas para defende-los sempre que necessário, visto que as guerras eram comuns no dia-a-dia da região. O acordo era muito atraente para os reinos cristãos, pois os líderes mouros tinham muito dinheiro para pagar pela proteção. Os mouros também mantinham-se firmes para acudir os aliados cristãos, caso os mesmo precisassem. A pesar de parecer uma solução, os acordos não acabaram com o clima de guerra nessa região tão dividida.

Ilustração de El Cid
   Em 1063, com cerca de 20 anos, Rodrigo lutou a sua primeira grande batalha. Ele ainda era um aprendiz de cavaleiro quando as forças de Castela, comandadas por Sancho, foram convocadas a dar suporte à cidade de Graus, nas Montanhas dos Pirineus. Sancho fez questão de levar seu fiel amigo para essa batalha. A cidade era comandada pelo mouro Al-Muqtadir, governante de Zaragoza e aliado de Castela. Graus vinham sendo cobiçada pelo reino de Aragão, que a atacou ainda no ano de 1063. Infelizmente os detalhes desta batalha se perderam com o tempo, mas sobreviveram os feitos gloriosos de Rodrigo Díaz de Vivar. O jovem aprendiz lutou com bravura contra os aragoneses e sabe-se que enfrentou sozinho vários cavaleiros muito mais experientes, mas o marco dessa batalha foi a luta individual entre Rodrigo e Jimeno Garcés, famoso mercenário de Navarra. Jimeno foi morto pelas mãos de um aprendiz, e dessa vitória surgiu Rodrigo Campeador (Campeão).
   Dois anos após a vitória em Graus, o rei Fernando I de Leão faleceu. Seus domínios foram divididos entre seus três filhos. Garcia, o mais jovem, ficou com o reino de Galícia, Afonso ficou com o reino de Leão, e Sancho, o mais velho, ficou com o reino de Castela. Rodrigo permaneceu fiel a Sancho, seu amigo e agora senhor. A essa altura, Rodrigo já havia sido ordenado cavaleiro, e com cerca de 23 anos foi promovido a comandante de toda a milícia castelhana.

A Guerra de Leão e Castela

   A partir da divisão do reino, surgiram muitas intrigas entre os irmãos, essas resultaram em guerras, e esses conflitos foram divisores de águas na vida de Rodrigo, levando-o por um caminho que é pouco contado em suas histórias.
Ilutração de El Cid

   Sancho não concordava com a divisão das terras de seu pai, e defendia a ideia de reunifica-las num só reino. A partir daí os desentendimentos se tornaram frequentes entre os herdeiros, e não demorou a estourar o primeiro confronto. Em 1068, Sancho II de Castela declarou guerra contra seu irmão Alfonso VI de Leão, defendendo a reunificação dos domínios herdados. Liderados por Rodrigo Campeador, os castelhanos saíram vitoriosos. A derrota não foi suficiente para que Alfonso VI desistisse de suas terras, e a guerra se estendeu por mais quatro anos. Em 12 de Janeiro de 1072, aconteceu a memorável Batalha de Golpejera: as margens do rio Carrión, a cerca de 14 quilômetros ao sul da cidade de Carrión de los Condes (norte da Espanha), o poderoso exército liderado por Rodrigo venceu novamente; com a derrota, as forças de Alfonso bateram em retirada, mas Alfonso foi capturado, julgado e exilado para o Taifa de Toledo.
Ilustração de Sancho II de Castila
   Agora Sancho liderava as cidades de Castela e Leão, ostentando o nome "Sancho II de Castela e Leão", além de ter ficado com as terras de seu irmão mais novo, Garcia, que há cerca de uma ano haviam sido dominadas por Alfonso VI. Garcia permaneceu prisioneiro até o fim de sua vida. Contudo, a conquista de Sancho não era bem vista pelo povo de Leão, nem mesmo por sua irmã, Urraca, que viva nas terras de Leão. Ela formou alianças nas terras de Zamora e moveu-se para lá.
   Cerca de sete meses após dominar Leão, Sancho avançou para as terras de Urraca, a fim de domina-las e expandir seu reino. As tropas, ainda lideradas por Rodrigo, sitiaram a cidade de Zamora, mas o cerco não durou muito. Um nobre de Zamora, que se apresentou como "Vellido Dolfos", se aproximou das tropas de Sancho, assumindo ser um desertor que mostraria a eles todas as fraquezas da muralha de Zamora. Vellino atraiu Sancho para longe das tropas e o apunhalou, levando-o a morte. O assassinato de Sancho deu a Alfonso a oportunidade de reaver seu trono.
   Alfonso retornou, mas só foi coroado após jurar não ter tido nada a ver com o assassinato do irmão, e assim ganhou o apoio de Rodrigo. Graças a lealdade do popular Campeador, a coroação oficial de Alfonso logo aconteceu, passando a ser Alfonso VI de Leão e Castela, governante de Leão, Castela e Galícia.

El Cid, O Mercenário

   Ao assumir o trono, Alfonso destituiu Rodrigo de seu cargo de comandante, porém decidiu mante-lo na corte, dando a ele o cargo de emissário real, pois o Campeador também possuía um vasto conhecimento jurídico. Neste novo emprego, Rodrigo viajava pelas terras de Alfonso, resolvendo disputas por monastérios e casos de conflito agrário.
Ilustração de Alfonso VI
   Em 1076, Rodrigo casou-se com Jimena, filha do conde Diego de Oviedo (casamento arranjado pelo próprio Alfonso). Juntos tiveram três filhos: Diego Rodriguez, Cristina Rodriguez e Maria Rodriguez. Porém, a calmaria na vida de Rodrigo durou pouco tempo.
   Três anos mais tarde, em 1079, Rodrigo e sua comitiva foram designados à viajarem até a Taifa de Sevilha para recolher os impostos anuais de proteção, até aí seria apenas mais um trabalho de rotina, porém ao mesmo tempo, o rei Alfonso enviou uma segunda comitiva para fazer o mesmo trabalho na Taifa de Granada. Existia uma disputa entre as duas cidades mouras, e Abd Allah, governante de Granada, se aproveitou da presença dos emissários cristão para atacar a Taifa de Sevilha, e estando sob o juramento de proteção, os emissários tiveram de participar do ataque.
   Quando Sevilha percebeu a movimentação inimiga, exigiu o apoio de Rodrigo e seus companheiros, que não podendo desonrar o acordo de proteção, teve de lutar contra seus conterrâneos cristãos numa batalha entre duas cidades mouras. A defesa sevilhana venceu graças às forças de Rodrigo. Muitos soldados granadenses foram feitos prisioneiros, dentre eles haviam alguns nobres cristão que participavam da comitiva enviada a Granada, mas mesmo sendo cristão e homens importantes, Rodrigo não os deu qualquer tratamento especial. Logo eles foram libertados, mas se tornaram fortes opositores de Rodrigo.
   Dois anos após a vitória em Sevilha, Rodrigo sofreu a primeira represália de seus inimigos: um grupo bandidos da Taifa de Toledo invadiu e saqueou o palácio de Gomaz, em Castela. É dito que Rodrigo detinha posses na região, motivo que explicaria sua fúria em relação ao saque. Nesse período, o cavaleiro já havia formado um pequeno exército particular, e a frente de seu exército, o Campeador partiu enfurecido rumo a Toledo. A invasão foi rápida, mesmo em um número consideravelmente menor, Rodrigo arrasou a cidade, e ele saciou sua sede de vingança. Contudo, seu ato inconsequente lhe custou caro; além de ter marchado para um ataque sem a permissão do rei, o local atacado, Taifa de Toledo, era aliada de Castela e estava sob seu juramento de proteção. Já enfurecido com as atitude de Rodrigo, e sofrendo influências de seus opositores, Alfonso VI decidiu bani-lo, forçando-o a deixar para traz tudo que lhe pertencia, inclusive sua família.
   Rodrigo estava sem rumo mas precisava seguir em frente para recuperar sua esposa e filhos, não lhe restaram opções se não servir a outros senhores, porém como mercenário. Rodrigo tentou oferecer seus serviços ao conde de Barcelona, Berenguer Ramón II, mas ele não aceitou seus serviços. Acredita-se que ele tenha tentado servir outros senhores cristãos, mas nenhum o aceitou, talvez por medo de isso se tornar motivo para represálias por parte de Alfonso VI.
   Sem muitas opções, Rodrigo rumou à Andaluzia, na tentativa de negociar com os mouros. O governante de Zaragoza, Al-Muqtadir, aceitou com muita alegria os serviços do Campeador, que a essa altura já era muito famoso em toda a Hispânia.
Ilustração de El Cid

   Zaragoza era uma cidade bem centralizada na região, um ponto estratégico para o comércio, e por isso era constantemente assediada por inimigos. Em 1084, um poderoso monarca mouro, Al-Fagit, senhor das Taifas de Lérida, Tortosa e Denia, se aliou a Barcelona e a Aragão, e unidos marcharam para conquistar Zaragoza. A batalha foi árdua e sangrenta, as forças de Zaragoza estavam em número muito inferior ao inimigo, contudo, o Campeador estava ao seu lado. Rodrigo voltou a fazer a diferença e garantiu a vitória de Zaragoza, além de ter prendido um conde de Barcelona: Berenguer Ramón II, que outrora dispensara seus serviços. Rodrigo provou mais uma vez que um homem pode mudar o curso da história de muitos. Para libertar o conde cativo, eles cobraram um resgate milionário, este foi pago e encheu os cofres da cidade, além de ter tornado Rodrigo rico novamente.
   Após essa grande vitória, a fama de Rodrigo cresceu ainda mais, e foi então que sua eternização começou a ser escrita, ele passou a ser conhecido entre os mouros como El Cid (uma variação da palavra árabe Al-sid, que significa Senhor). El Cid usou parte de suas riquezas recém adquiridas para incrementar seu exército particular, agora ele contava com cerca de 200 homens.
   Entre 1086 e 1089, um ermitão mouro Yusuf cruzou o Estreito de Gibraltar, comandando um enorme exército. A presença de Yusuf poderia ameaçar toda a Hispânia, e então, de um modo meio forçado, veio a reconciliação entre El Cid e Alfonso VI. O rei pediu ajuda a El Cid para garantir a segurança de suas terras. Acredita-se que o rei tenha o presenteado com ao menos dois palácios e alguns pedaços de terra para que ele o oferece novamente seus serviços.
   Mesmo de volta à sua terra natal e à sua família, El Cid ainda liderava um exército e precisava mantê-lo, para isso precisava de mais dinheiro do que o pago pelo rei. Para manter suas tropas, El Cid viajava pela península conquistando territórios e saqueando tesouros. Em 1090, El Cid atacou as Taifas protegidas por Barcelona, começando por Denia, e posteriormente atacando até Valencia. O conde Berenguer, que já tinha uma longa história com El Cid, ficou ainda mais furioso após os ataques; ele concluiu que o único modo de pará-lo seria com uma emboscada, e assim o fez. O exército de Cid foi emboscado enquanto acampavam numa região acidentada de Tévar, mas mesmo cercados, eles triunfaram. Conde Berenguer foi novamente aprisionado, mas dessa vez foram aprisionados outros nobres junto a ele, e por isso o resgate foi ainda maior que o anterior.

Ilustração de El Cid
   Dois anos mais tarde, o "acaso" se tornou inimigo de El Cid. Alfonso VI convocou o guerreiro para defende-lo contra a invasão dos mouros que finalmente havia chegado em suas terras. El Cid nunca respondeu a esse chamado, supõe-se que tenha ocorrido algum problema de comunicação, tal como o assassinato ou traição de um mensageiro. Por não atender ao chamado do rei, El Cid foi, pela segunda vez desterrado de Castela, seus familiares foram presos e seus bens confiscados.
   De volta à sarjeta, o cavaleiro exilado reuniu seu exército particular e os convenceu de que podiam reconstruir suas fortunas trabalhando juntos. E assim o fizeram, El Cid se tornou senhor de muitas terras, chegando a ser dono de grande parte do leste atual da Espanha. Em 1093 ele almejou dominar a cidade Valência, e após muitas batalhas, El Cid sitiou a cidade, e após 19 meses de cerco, em meados de 1094, ele finalmente tomou a cidade para si.
Ilustração de El Cid
   Agora que Rodrigo estava bem estabelecido, decidiu partir para o que era mais importante que a fortuna: o resgate de sua família. Não seria uma tarefa fácil, mas El Cid estava disposto a fazer o que fosse preciso. Junto a seu exército ele sitiou a cidade de La Rioja, propriedade de Alfonso VI, e o forçou a entrar em um acordo. Ainda em 1094, El Cid finalmente poderia se aposentar. Mas os combates ainda não haviam chegado ao fim, os ermitões muçulmanos comandados por Mahammad (sobrinho de Yusuf) tentaram muitas vezes reconquistar suas posses. Após vários combates, El Cid conseguiu uma vitória decisiva sobre os mouros, tornando-o ainda mais famoso. El Cid já tinha mais de 50 anos de idade e continuava a conquistar vitórias gloriosas.
   Os mouros haviam perdido, mas a ameaça de novo ataque nunca deixou de existir, porém eles não voltaram a incomodar até o fim da vida de El Cid.
Pintura representando a conquista de Valência em 1094

   Rodrigo Díaz de Vivar desfrutou de uma longa e agitada vida, alcançando os incríveis 56 anos, algo raríssimo naquela época, em vista de tantas batalhas e riscos de doenças e pragas. Apesar da vida gloriosa, El Cid Campeador teve um final bem incomum para um grande herói: ele faleceu no dia 10 de julho de 1099, no seu castelo em Valência, em sua cama, enquanto dormia. Porém, mesmo que tenha morrido de uma forma pouco ou nada gloriosa para um cavaleiro, reza a lenda de que mesmo após a morte, El Cid deu mais uma vitória a seu exército. É dito que os mouros ficaram muito agitados com a morte de Rodrigo e logo organizaram um ataque para retomar Valência, sabendo disso, Jimena Díaz, a viúva e agora regente de Valência, bolou um plano para apartar os exércitos inimigos: ela teria mandado que amarassem e aprumassem o corpo do marido sobre um cavalo e amarrassem em sua mão uma espada, e assim foi feito. Quando os mouros avistaram de longe a figura de El Cid, mesmo após a morte cavalgando entre seus homens e pronto para o combate, eles se amedrontaram e começaram a fugir, sendo perseguidos e massacrados pelo exército de Valência. Mas essa parte não é confirmada, por tanto tratem como uma lenda.
El Cid em sua última batalha. Pintado em 1981 por Gilberto Gomes

Conclusão

   El Cid foi certamente um grande homem, um grande herói. Para muitos, conhecer a face mais radical de Rodrigo e saber que ele serviu como mercenário tira sua nobreza e heroísmo, mas para mim, esses são reflexos naturais para pessoas que viviam num ambiente tão hostil. Rodrigo fora um dos poucos guerreiros medievais que, mesmo sem ser de qualquer realeza, teve sua biografia escrita ainda na idade média. O cara era uma verdadeira lenda viva! Mesmo tento enfrentado tantas batalhas, a vida teve de tomá-lo de outra maneira, pois os homens não o fariam no campo de batalha.
   O legado de El Cid lhe rendeu inúmeras homenagens, dentre as mais notáveis, como sua estátua em Burgos, erguida em 1955, e o clássico filme "El Cid", 1961. Até as mais singelas, como a recebida no jogo Age of Empires II: The Conqueros, onde El Cid e seus exércitos são jogáveis, e até mesmo a discreta homenagem feita na franquia Final Fantasy, de Hironobu Sakaguchi, em todos os jogos da franquia, exceto o primeiro, há sempre um personagem chamado Cid, e esses personagens carregam características específicas, tais como serem sempre muito engenhosos e sempre mais velhos e sábios que o resto da equipe, podendo aparecer como personagens jogáveis ou não.
Personagens que homenageiam El Cid nos games da série Final Fantasy, desde o segundo ao décimo terceiro game da franquia.

    A vida El Cid é realmente uma obra épica vivida por um homem! Eu, particularmente, ficaria muito feliz se Hollywood se lembrasse desse herói e fizessem um refilmagem do filme de 1961, seria grandioso! Bom, é isso aí!
   
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2 comentários:

  1. Texto simplesmente fantástico. Está de parabéns.

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  2. Acabei de visitar a cidade de Zamora e estive na casa de D. Urraca e na casa que Rodrigo viveu por uns tempos por que parece que D. Urraca o ajudou por um tempo . Sua pesquisa está fantástica, muito bem detalhada com ótimas informações . Parabéns !

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